Depressão Infantil e da Adolescência

Depressão Infantil e da Adolescência - O que é?

A depressão infantil e da adolescência não é um estado de espírito passageiro, nem é uma condição que desaparecerá sem o tratamento adequado.

É normal que as crianças e adolescentes se sintam tristes, a tristeza faz parte da nossa vida e isso não significa necessariamente que tenham depressão. No entanto, se essa tristeza se tornar persistente e interferir negativamente com as tarefas diárias, com a capacidade de socializar, com os interesses, com o desempenho escolar, com a vida familiar, então podemos estar perante uma depressão.

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Depressão Infantil e da Adolescência Filipa Rouxinol Psicologia

Como posso saber se o meu filho está deprimido?

Os sintomas de depressão variam nas crianças e adolescentes. Muitas vezes os sintomas são vistos como alterações emocionais e psicológicas normais para a fase de desenvolvimento, e como tal são desvalorizados.

Muitos dos sintomas da depressão na infância e adolescência são semelhantes aos sintomas de depressão nos adultos, embora por vezes nas crianças e adolescentes possam, por exemplo, aparecer disfarçados de comportamentos agressivos, desafiantes ou opositores. Os sintomas principais da depressão dizem respeito ao sentimento de tristeza, sentimento de desesperança e alterações de humor.

Sabia que?

que existe maior incidência de casos de Depressão Infantil e da Adolescência
é dos 12 aos 0 anos

Sinais e sintomas de depressão em crianças e/ou adolescentes incluem:

Quando as crianças  e adolescentes se sentem depressivas, nem sempre conseguem entender ou expressar o que estão a sentir, no entanto, existem alguns indicadores comportamentais e emocionais a ter em consideração:

  • Irritabilidade ou explosões de raiva
  • Sentimentos contínuos de tristeza e desesperança
  • Sensação de vazio ou dificuldade em sentir emoções
  • Retraimento ou isolamento social (Ex.º: Passar menos tempo com os amigos)
  • Sensibilidade à rejeição (facilmente ficam magoados nos seus sentimentos)
  • Alterações no apetite (aumento ou dimininuição)
  • Alterações no sono (insônia ou sono excessivo)
  • Gritos ou choro compulsivo
  • Dificuldades de concentração
  • Dificuldade em tomar decisões
  • Baixa autoestima, autoeficácia, autoconfiança
  • Diminuição no desempenho escolar
  • Fadiga e baixa energia ou agitação psicomotora
  • Apatia
  • Queixas físicas (como dores de estômago e de cabeça, dores musculares)
  • Diminuição ou falta de interesse em participar em eventos e atividades em casa ou com amigos, na escola, durante atividades extracurriculares e em realizar os seus hobbies ou interesses
  • Sentimentos de inutilidade ou culpa (Ex.º: Sentir que tudo é sua culpa ou que não são bons a nada, “não tenho amigos”, “não sei fazer nada bem”)
  • Pensamentos sobre morte ou suicídio (“só queria era morrer”, “não quero acordar mais”, “não vale a pena estar aqui”)
  • Automutilação
  • Uso de substâncias ilícitas

Nem todas as crianças/adolescentes apresentam todos estes sintomas, nem tão pouco os mesmos são uma checklist. São antes, uma referência, pois a manifestação dos sintomas poderá ser diferente em determinados momentos ou contextos.

E quando a depressão é grave?

A depressão grave pode levar uma criança/adolescente a pensar e/ou planear o suicídio.
Entre os 10 e os 24 anos de idade, o suicídio está entre as principais causas de morte, e embora seja muito raro a tentativa de suicídio em crianças com menos de 12 anos, existem algumas que o tentam, de uma forma impulsiva quando se sentem assoberbadas com a intensidade da tristeza ou raiva, mas sem pensarem verdadeiramente nas consequências do seu ato.

Sinais de alerta de comportamento suicida em crianças e/ou adolescentes incluem:

  • Muitos sintomas depressivos como alterações na alimentação, sono e atividades
  • Isolamento social, incluindo isolamento da família
  • Falar de suicídio, desesperança ou desamparo
  • Recusar em falar
  • Aumento de comportamentos disruptivos (sexuais ou comportamentais)
  • Aumento de comportamentos de risco (automutilação, manuseio de objetos cortantes e pirotécnicos)
  • Acidentes frequentes
  • Abuso de substâncias (álcool, drogas)
  • Referência constante a temas mórbidos ou negativistas
  • Diminuição da expressão emocional, choro compulsivo
  • Oferecer objetos importantes a outras pessoas

O que causa depressão nas crianças e adolescentes?

Há uma ideia generalizada que as crianças/adolescentes não ficam deprimidos, não têm motivos para isso, porque este período de vida é visto como livre de problemas ou dificuldades. Mas, na verdade, não é bem assim, tal como qualquer outro período da vida de uma pessoa existem dificuldades inerentes. 

Por vezes, os adultos esquecem-se que as crianças e adolescentes ainda não têm controlo total ou ainda não desenvolveram determinadas competências/habilidades para lidarem com as diferentes situações que estão expostas. As crianças e adolescentes têm de lidar com aceitação dos amigos/grupo de pares, com as expectativas parentais relativamente ao seu desempenho escolar, desportivo ou artístico, ou até expectativas em relação ao seu comportamento do dia a dia.

Não se sabe exatamente como é a depressão se desenvolve, mas muitos fatores podem potenciar o seu desenvolvimento, incluindo:

  • Vulnerabilidade biológica/genética
  • Temperamento
  • Contexto (problemas familiares, sociais e económicos)
  • Eventos de vida crónicos (abuso e negligencia, bullying) ou agudos (divórcio parental)
  • Perda de alguém próximo
  • Doença física (Ex.º: Doenças autoimunes, doenças crónicas)
  • Histórico familiar de perturbações mentais

Também podem estar associadas a ter outras perturbações, como por exemplo dificuldades de aprendizagem, PHDA ou ansiedade, que podem potenciar o desenvolvimento da depressão.

Ter apoio durante e após períodos difíceis pode ajudar a proteger as crianças/adolescentes da depressão ou a diminuir os seus efeitos. Mas, mesmo quando têm um bom apoio, algumas crianças podem ficar deprimidas.
É muito importante que seja realizado o diagnóstico adequado o mais precocemente possível, através de uma avaliação formal para validar a suspeita clínica e iniciar a abordagem terapêutica a seguir.

Como decorre o processo de avaliação e abordagem terapêutica com Filipa Rouxinol?

Processo de diagnóstico e abordagem terapêutica

O processo de diagnóstico implementado por Filipa Rouxinol envolve a aplicação de um protocolo clínico individualizado que inclui:

Anamnese | Entrevista Clínica

Recolha de informação desenvolvimental relevante para o caso em avaliação.

Exploração emocional livre

Aferição das principais preocupações e/ou dificuldades relacionais. Aplicação de questionários de sintomatologia clínica (se necessário).

Análise das funções neurocognitiva

Avaliação do funcionamento cognitivo, memória, atenção, funções executivas (se necessário).

Abordagem terapêutica

Definição da aplicação do modelo terapêutico e estabelecimento de objetivos terapêuticos.

A depressão para além de perigosa é silenciosa,
se suspeitar que o seu filho possa estar deprimido, aja!

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