O que é a Dislexia?

O que é a Dislexia?

O que é a Dislexia? Como pode ela impactar o dia-a-dia das crianças e/ou adolescentes? Como a identificar e quais as implicações no desempenho escolar? Estas são algumas das dúvidas mais frequentes dos pais, educadores e professores.

Dislexia é uma dificuldade específica da aprendizagem da leitura, é uma perturbação do neuro desenvolvimento com origem multifatorial, ou seja, tem uma componente genética, neuro funcional e neuro cognitiva. 

Esta dificuldade especifica da leitura não está relacionada com a inteligência da criança e/ou adolescente, mas sim com a forma como o cérebro processa as informações, manifestando-se de diferentes formas em cada indivíduo. Pode envolver dificuldades na descodificação de grafemas (símbolos gráficos), nos fonemas (sons) correspondentes, identificação precisa de palavras, lentidão na leitura, dificuldade de compreensão e interpretação, dificuldades ortográficas, entre outros sintomas.

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A Dislexia não está relacionada com a inteligência da criança ou adolescente!

É assim, fundamental esclarecer e destacar que as dificuldades na leitura e escrita observadas nas crianças com Dislexia,
são frequentemente, de forma errada, interpretadas como indicadores de incapacidade intelectual, falta de empenho e/ou motivação. 

A Dislexia não está relacionada com a inteligência da criança ou adolescente.

Pelo contrário, muitas crianças com esta perturbação podem demonstrar capacidades superiores à média em áreas específicas do funcionamento cognitivo e emocional, como por exemplo, curiosidade e imaginação, resolução de problemas mais abrangente, empatia, entre outros.
É essencial reconhecer que as dificuldades no âmbito da Dislexia não refletem, de modo algum, uma limitação global das capacidades intelectuais da criança, mas sim uma necessidade de abordagem e apoio psicopedagógico diferenciado, para potenciar o seu desenvolvimento escolar e sócioemocional.

Crianças com esta perturbação podem demonstrar capacidades superiores à média em áreas específicas do funcionamento cognitivo e emocional.

A Dislexia não está relacionada com a inteligência da criança ou adolescente.

Quais as comorbilidades associadas?

Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Pertubações Mentais 5.ª edição, DSM-V,  desenvolvido pela APA (American Psychiatric Association) a coocorrência de Dislexia com outras perturbações é comum, sendo as indicadas como as comorbilidades mais frequentes:

  • Défice na matemática: Discalculia 
  • Défice na expressão escrita: Disortografia e Disgrafia
  • Perturbação da Hiperatividade e/ou Défice de Atenção 

Sabia que?

das crianças com Dislexia têm dificuldade na matemática
11% a 0 %
das crianças com Dislexia apresentam PHDA
15 a 0 %

Quais os sintomas da Dislexia infantil?

O diagnóstico da perturbação de aprendizagem específica da leitura só deve ser realizado após dois anos de aprendizagem formal da leitura e escrita, no entanto, existem desde mais cedo, sintomassinais de alerta que não devem ser ignoradosQuando detetados, deve realizar-se uma avaliação neuropsicológica e linguística, com o objetivo de obter um perfil neurocognitivo e linguístico, específico para cada criança ou adolescente (em casos de sinalização mais tardia), para posteriormente ser iniciado o processo de intervenção.

Deseja ver de forma detalhada quais os Sintomas e Sinais de Alerta da Dislexia Infantil?

Quais as causas da dificuldade específica da aprendizagem da leitura?

Como já referido, a Dislexia é uma perturbação do neurodesenvolvimento de origem multifatorial que está associada a fatores neurobiológicos, mais propriamente, genéticos, neurológicos e neurocognitivos.

Fatores genéticos:
Os mais recentes estudos indicam uma importante relevância da genética nesta perturbação. As crianças com um pai ou mãe com Dislexia têm um risco aumentado de desenvolver a perturbação, com uma prevalência de 45%.
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Fatores neurológicos:
Estudos neuroimagiológicos têm demonstrado alterações na estrutura e função do cérebro. Estas alterações são observadas principalmente nas regiões responsáveis pelo processamento da informação visual, auditiva e linguística.
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Fatores neurocognitivos:
Estes fatores referem-se às funções cognitivas que estão relacionadas com o processamento da linguagem. Ex.º: Processamento auditivo fonológico: a capacidade de identificar e manipular os sons da fala; Processamento visual: a capacidade de processar informações visuais, tais como letras e palavras.
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Que consequências pessoais, familiares, sociais e escolares podem surgir?

As dificuldades que uma criança e/ou adolescente apresentam, podem ser muito desafiantes e difíceis de superar. Isto deve-se ao facto de, em muitas situações, estas se percecionarem como não sendo inteligentes o suficiente, de que não são capazes ou que as suas dificuldades são um impedimento para prosseguir os estudos. Todo este contexto, pode resultar em diversas consequências de nível pessoal, familiar, social e escolar.

É imperial existir uma sensibilização sobre esta perturbação quer a nível da estrutura familiar, quer a nível educativo e escolar, de forma a minimizar todas estas possíveis consequências.

  • Baixo autoconceitoautoestima autoconfiança: poderá ser decorrente de sentimentos de insegurança e vergonha como resultado do fracasso sucessivo nas tarefas.
  • Desânimo aprendido.
  • Dificuldade em lidar com a frustração e dificuldade de concentração. 
  • Sintomatologia ansiosa depressiva: irritabilidade, choro fácil, angústia, tristeza, mudanças repentinas de humor, isolamento.
  • Reduzido empenho motivação.
  • Retenção escolar e/ou abandono escolar.
  • Agitação psicomotora.
  • Comportamentos de desafio oposição.
  • Afastamento social.

Quanto mais precocemente forem detetadas as fragilidades e iniciada a intervenção, maior será a probabilidade de minimizar as dificuldades e potenciar o sucesso escolar da criança. É muito importante que seja realizado o diagnóstico adequado o mais precocemente possível, através de uma avaliação formal para validar a suspeita clínica e iniciar a abordagem terapêutica a seguir.

Como decorre o processo de avaliação e abordagem terapêutica com Filipa Rouxinol?

Avaliação e Intervenção

O processo de diagnóstico implementado por Filipa Rouxinol envolve a aplicação de um protocolo clínico individualizado que inclui:

Anamnese | Entrevista Clínica

Recolha de informação desenvolvimental relevante para o caso em avaliação, que envolve contexto familiar, escolar e social.

Avaliação Neurocognitiva

Avaliação do funcionamento cognitivo, memória, atenção, funções executivas.

Aplicação de Provas de Leitura, Escrita e Matemática

Aplicação de instrumentos de avaliação psicológica específicos para a leitura, escrita e matemática.

Elaboração e Entrega de Relatório Psicológico, e Intervenção

Devolução dos resultados obtidos na avaliação, com enquadramento individual dos mesmos e indicação da abordagem terapêutica a seguir.

A Dislexia é um desafio, mas não é uma sentença!
Com o apoio certo, as crianças e adolescentes com Dislexia podem superar os desafios e ter um futuro cheio de oportunidades.

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